Distanciamento social: recapitulação emocional
No decorrer da história, podemos analisar como cada acontecimento afetou a sociedade, a política e a economia no âmbito internacional.
Muito além, acontecimentos históricos têm como intuito tocar o interior da população, seja em escala nacional ou até mesmo mundial, podendo tomar como exemplo o mundo pós 2ª guerra, o nível de complacência com o próximo aumentou significativamente, o amor, sem contar, claro, com a queda do totalitarismo alemão e muitas outras consequências que para suceder, foi preciso o mundo chorar a morte de 85 milhões de pessoas.

Da mesma forma, isso também acontece com a Pandemia da Covid-19. Assim, a lição humanitária por trás de toda lástima de profissionais da saúde, dos leitos tornando-se cada vez mais disputados, pessoas perdendo todos os dias, mãe, pai, irmão, amigo, avô, avó, a quarentena tediosa pra uns e um filme de terror pra outros. Estamos diante de um momento crítico na história da terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro.

À medida que o mundo se torna cada vez mais interdependente e frágil, o futuro enfrenta, ao mesmo tempo, grandes perigos e grandes promessas. Para seguirmos adiante, precisamos entender que em meio a tanta diversidade de nacionalidades, culturas e etnias, somos uma família humana, ou seja, uma comunidade terrestre com o mesmo objetivo em comum.

Quando o mundo se tornar vencedor dessa guerra biológica, espero que as pessoas repensem sobre os problemas ambientais, pois graças à pandemia, os animais estão finalmente vivendo em um lugar mais limpo, com mais espaço, sem a intervenção antrópica predatória, mesmo que temporária. Uma reflexão envasilhada pós pandemia; “A natureza agradece à Covid-19”?

Portanto, não espero que os países se tornem mais ricos, que a ganância do homem o torne mais insensível do que já é, e que o capitalismo sugue mais que o necessário da mãe Terra. Pelo contrário, emano uma prece por um mundo onde todos saibam o valor de um calor vindo de braços humanos, que todos tenham a consciência de que a Terra jamais se limita apenas a um dia de comemoração.

Cada pôr do sol, cada rajada de vento, cada partícula de oxigênio, a sombra, o chilrear dos pássaros, a queda da onda, o simples percurso de um rio é testemunho de vossa majestade, deveríamos agradecer a Terra por nos proporcionar o necessário para a nossa sobrevivência. Peço clemência a essa biosfera que temos ao nosso dispor, por tanta dor causada pela ganância do homem capitalista. Peço perdão também aos animais que são criados como inferiores e com o suposto dever de satisfazer a necessidade de alimentação do homem (carnívoro por costume, onívoro por natureza), sendo chicoteados, amarrados, perfurados e traumatizados em abatedouros do mundo todo, a todo momento.


Espero um mundo pós pandêmico onde os valores humanos e ambientais sejam mais relevantes do que os interesses do sistema capitalista, que parece que já está enraizado no cérebro humano como a única forma de sobrevivência, para que jamais, a natureza tenha de usar seus poderes biológicos para nos fazer rever conceitos ecológicos, humanos e políticos.

Mariana Sofia de Oliveira Santos, Pindamonhangaba (SP)