
As máscaras deixaram os carnavais e as festas de fantasia apenas e invadiram nosso cotidiano. Nunca antes foi tão importante o olhar que acolhe, informa e transmite cuidado, sem abraços perdemos um pouco da nossa identidade, mas também ganhamos a chance de repensarmos nossas formas de sociabilidade e afetividade, afinal, será que é realmente
necessário já abraçar de cara alguém que você não conhece ou até mesmo está vendo pela primeira vez?
“Mais do que estar em casa, é preciso se sentir em casa”, acredito que esse é o maior ensinamento que vou levar desse período de quarentena. Essa expressão acompanhou uma postagem minha no instagram em maio, mês do meu aniversário de vinte e dois anos, e provavelmente vem me provocando reflexões diariamente. A sensação é de que estou
vivendo de nostalgia e expectativas, que se perdem e ao mesmo tempo se nutrem das incertezas.
Mike Faria da Cruz, Contagem (MG)
