A noite Silenciosa Própria da própria noite Escura e sombria Própria da própria sombra O vento – ah o vento sempre mais fresco As estrelas elas as estrelas Ou quem sabe A chuva a cair Os trovões a iluminar o céu E a casa a estremecer E o vento a assobiar Na janela a bater …
Escritos do público
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Maria de Lourdes Alba
Medonho é este medo Que mede meu passo andarilho Que repreende minha exaltação Que me deixa sem saber o que fazer Ai Que medo Que me coloca num entrelaçar De teias de aranhas Não há como escapar Ai Que medo Que me dói tanto Na minha desesperança Ai Que medo Que mede até meus limites …
Maria de Lourdes Alba
As minhas lágrimas Se misturam à chuva Para entender a vida Para entender porque nos tiram De nossa companhia As pessoas que mais amamos Que tanto nos fazem bem Por que se vão? Que tristeza não entender a vida Que nos separa e nos arranca Dos entes O que somos? Nos tira o filho que …
Maria de Lourdes Alba
BUSCAS É um pedaço de mim Que distante se vai rumo ao infinito Buscando busca impossível Indo em espaços cerrados E de tão cerrado e fechado É uma porta enferrujada Sem fechadura Pois não existe caminho além Não busco o que de buscas está perdido Não dou passos no descompasso do passeio Não não há …
Maria de Lourdes Alba
QUALQUER HORA Qualquer hora eu me vou Eu me vou para as trevas Eu me vou para o nada Qualquer hora qualquer Tudo fica e eu me vou Eu me vou e não volto Eu não volto Juro que não Qualquer hora As estrelas darão sua última piscada O sol nascerá pela última vez E …
Maria de Lourdes Alba
Ele se foi Na imensidão do Nada Tudo deixou Saudades em luz apagada Maria de Lourdes Alba, São Paulo (SP)
Cirlene de Pádua
CARTA MAIS QUE ESCANCARADA Franca, 30 de maio de 2020. Desprezível CORONAVÍRUS, Confesso que não sinto prazer nenhum em lhe dirigir minha palavra, perdendo um tempo precioso, mas preciso lhe falar umas verdades entaladas na garganta. Confesso também que havia riscado do meu dicionário cotidiano palavras horripilantes como: câncer, viuvez, pânico, depressão, velórios, entre outras. …
Rosélia Genovesi
SER FOLHA Em tempos de isolamento, aprecio pela janela o doce bailado da folha amarelada pelo tempo. O pensamento voa para o passado…essa folha já foi verde, faceira, uma entre milhares, tão igual às outras, perdida na multidão dos parecidos. Simplesmente folha; nem galho, nem tronco, só folha. Pouca importância, sem valor? Imagino sua incansável …
Guimar Cruz
No zunido do chuveiro Quais as suas águas? e Quais as suas lágrimas? Qual lava o corpo? e Qual lava a alma? Ambas em conluio se aliam e, num ritual de maior amor, a dor aliviam. Renasce! Guimar Cruz, São Paulo (SP)
Adriano Evangelista
Tenho tanto a aprender, que minha busca já é muito para o que eu era. Adriano Evangelista, Brejo Santo (CE)