
O mundo está um caos
Mais por você do que por mim
“Edaí?” disse assim. Sem pensar em Yasmin,
Homero inspirou-se em Manaus.
Podes não ver, mas será derrubado.
Como festa de São João!
Usaremos o fogo de quem foi maltratado.
Pra quê sutileza em confusão?
O deus que te mostraram
É tão cruel quanto o diabo
Dionísio se esconde mascarado
Com medo do teu estrago
Bola rolando no gramado
Será a cabeça do afortunado,
Canudos anunciam a revolução!
Dessa vez será épico, para sua contradição.
As almas que se foram
As vidas que nem se viram
Aqueles que se oporão
Continuam cativos
Porém, acredito no poder da gente
De quem não baixa cabeça pra tenente
Mesmo não tendo pra onde correr
Optam ousadamente por sobreviver
Do que podemos fazer juntos
Daqueles que não tem pra onde ir
Do desespero dos defuntos
Que se foram sem poder se despedir
Não morra! Digo, tentarei esse ano.
Todo dia morre algum rapaz
Todo dia. E não se desfaz.
Pra ti indefere, morte ou presbiteriano.
Peço ao povo que vença
Dessa vez com fogo, fumaça e sangue.
Quero dizer a Vossa Excelência.
Nessa rodada, será o sangue da alvorada,
A ser jogado no mangue.
O povo cansou de sangrar.
M. L. Marinho, São Paulo (SP)