
Quando paro para pensar a respeito do quanto somos privilegiados por estarmos aqui e agora nesse mundo, pensando, produzindo, desenvolvendo, fazendo planos, criando expectativas, se decepcionando, se entristecendo, amando e mais uma infinidade de ações e sentimentos que apenas nós somos capazes de executar, pelo menos no universo conhecido!
Ao olharmos ao nosso redor, nos deparamos com uma infinidade de espécies de seres vivos dividindo o mesmo espaço conosco. Sendo que a maioria tem muitas características muito semelhantes às nossas: precisam de oxigênio para viver, água, comida. Nascem, morrem, sentem dor etc. Mas apenas nós temos inteligência suficiente para o desenvolvimento de soluções para o dia a capacidade emocional, inundada de sentimentos que une muitas pessoas e ao mesmo tempo segrega outras tantas.
Ao avaliarmos o mundo e a vida sob essa perspectiva, vemos que sim! Somo muito especiais!
Teoricamente, ao criar a consciência que temos essa característica diferenciada em relação a todo o resto do universo conhecido, deveríamos nos comportar com tal, de maneira também especial, mas infelizmente temos muitos exemplos em que não é assim que acontece.
A pandemia que estamos vivendo nos mostra mais uma vez que nem todos têm essa consciência de que é especial, e por conta disso deve viver de maneira especial. Muitas pessoas apenas vivem ou sobrevivem, sem muita avaliação do que são e do que querem para si e para os demais, o que na minha opinião é um baita de um desperdício.
Espero que em contrapartida, a pandemia sirva de amadurecimento e criação dessa consciência do quanto somos diferenciados, e que portanto temos a obrigação existencial de agirmos como tal.
Rodrigo Condotta, Joinville (SC)