
Do que são feitos os dias?
Minhas vastices em tempo de distanciamento social (por entre o pragmatismo da vida secular e as abstrações):
Recolhimento; peregrinação espiritual; audição de vozes fecundas; separação do joio e armazenamento do trigo; teologias (inclusive, hermenêutica feminista); fé x magia; discurso negacionista x discurso triunfalista; perspectivas distorcidas; discurso libertador; reconciliação: luz e sombra; experiência constante de medo no cotidiano; tergiversação; desinformação; mundo da pós-verdade; indignação em meio à indiferença, ao desprezo pela vida, à normalização da morte; mundo distópico; gentrificação; senso de vulnerabilidade; solitude; Deus irado x Deus amoroso; definição de Deus x percepção de Deus; realismo com esperança; elucubrações; reminiscências; dores da alma; novos olhares e novos saberes; ressignificação.
E, em meio a tantos “Oh! Como não pensei nisso antes?” e alguns “Ufa!”, há algum (re)conforto por esses dias silenciosos. Sigo, então, a me indagar: O que nos faz humanos?
Vastí Marques, Pau dos Ferros (RN)