
A tarde está tão quentinha
E as dores fazem a vigília
Do meu corpo nesta minha vida
Única
E por ser única
É que suporto todos os sofrimentos
Que vão além das minhas forças
Além do meu suportar
Meu Deus
Por que há de ser assim ?
Não há remédio que cure as dores
Não há remédio que tranquilize a alma
A alma já desgastada sofre
A vida … Me seguro nas paredes para não cair
Eu tenho que suportar
Respiro fundo
Não posso deixar acabar.
Maria de Lourdes Alba, São Paulo (SP)